MPF quer garantir a fiscalização de verbas públicas federais em Nova Friburgo
Prefeitura deve disponibilizar informações na Internet
O Ministério Público Federal (MPF) expediu uma recomendação ao município de Nova Friburgo (RJ) para que, ao receber verbas federais, notifique os partidos políticos, sindicatos de trabalhadores e as entidades empresariais no prazo de dois dias úteis a contar da data de recebimento dos recursos. O objetivo da recomendação é evitar novos casos de aplicação inadequada de verbas, além de ampliar a fiscalização, por parte da sociedade, dos recursos públicos federais repassados aos municípios.
Devido à catástrofe ocorrida em janeiro de 2011 na região serrana, foi anunciado o Plano Nacional de Gestão de Riscos e Respostas a Desastres Naturais, que viabiliza ações e recursos para prevenção, mapeamento, monitoramento e alerta em áreas atingidas. A prefeitura deve promover a publicidade das medidas adotadas, com indicação dos endereços eletrônicos e meios alternativos para o acompanhamento de tais medidas, contratações, obras e serviços.
Com base em casos recentes de desvio de verbas públicas destinadas à recuperação de áreas atingidas pelas chuvas, o MPF requer a adoção de critérios para evitar o sobrefaturamento de preços em obras públicas, como o criado por peritos do Instituto Nacional de Criminalística. O município fica responsável por abrir conta corrente específica para o recebimento e integral movimentação dos recursos federais recebidos. Além disso, também é recomendado que o pagamento seja feito apenas para contas bancárias identificadas.
A recomendação, expedida pelo procurador da República Marco Otavio Almeida Mazzoni, visa o cumprimento da lei 9.452, que prevê a notificação da liberação de recursos federais a órgãos municipais. O MPF pede ainda que seja disponibilizada em página eletrônica oficial o objeto do convênio, a finalidade, os valores, as datas da liberação e detalhamento da aplicação dos recursos.
"O MPF quer atuar de forma preventiva com dois objetivos: garantir a possibilidade de fiscalização por qualquer cidadão quanto ao realizado, via Internet, além de evitar o pagamento de obras com preços superiores ao adequado", disse o procurador.
Assessoria de Comunicação Social
Procuradoria da República no Rio de Janeiro
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