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18 de Abril de 2024
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    MPF: Quadrilha que fraudava compras pela internet é presa no Rio

    22 pessoas já haviam sido denunciadas à Justiça Federal

    Após pedido do Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro, a 1ª Vara Federal Criminal expediu mandados de prisão para seis carteiros e mais sete pessoas integrantes de uma quadrilha de estelionatários que aplicava golpes em sites de compra. Os acusados foram presos na última quinta-feira (18) pela Polícia Federal. De acordo com a denúncia do MPF à Justiça, a quadrilha comprava mercadorias em lojas virtuais através de cartões de crédito clonados e funcionários dos Correios, envolvidos no golpe, faziam a triagem das encomendas e entregavam diretamente aos operadores do esquema.

    O MPF, através do procurador da República Eduardo André Lopes Pinto, denunciou 22 membros da quadrilha pelos crimes de estelionato consumado, tentativa de estelionato, furto, formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, desvio e receptação. (Processo nº 0802522-12.2011.4.02.5101)

    Para realizar as compras fraudulentas pela internet, a organização criminosa obtinha dados de cartões de crédito e utilizava cadastros autênticos das vítimas, uma vez que as lojas virtuais verificam os dados cadastrais dos clientes que realizam as compras. A quadrilha obtinha esses dados através de sites de consultas existentes na Internet.

    Os endereços de entrega das mercadorias, localizados principalmente em São Gonçalo e Saquarema, faziam parte da rota coberta por empregados de transportadoras ou funcionários dos Correios envolvidos no esquema, que recebiam de R$ 200 a R$ 300 por mercadoria desviada. A participação dos entregadores dificultava a apuração dos crimes, já que eles confirmavam a entrega no endereço real das vítimas.

    Após receberem as mercadorias, os criminosos as revendiam a receptadores ou a pessoas que não sabiam tratar-se de objetos oriundos de crime. Os produtos eram revendidos bem abaixo do valor de mercado, no “boca a boca” ou através de sites como o Mercado Livre.

    "O MPF constatou que alguns dos denunciados, geralmente mantendo contato através de um famoso programa de mensagens instantâneas e valendo-se de vulnerabilidades dos sistemas das administradoras de cartões e dos sites de compras na internet, conseguiram comprar fraudulentamente mercadorias no valor de milhões de reais, corrompendo carteiros e funcionários das transportadoras, o que demonstra a necessidade dessas empresas reverem suas políticas de segurança e de seleção de pessoal. Não deixa de nos espantar que os cabeças da quadrilha cometeram esses crimes a maior parte do tempo sentados em suas casas, em frente ao computador. É importante destacar o excelente trabalho dos inspetores Alécio Vieira Santos , Mateus Ganzer e Joel Dias, da 14ª Delegacia de Polícia Civil-RJ, que desvendaram o caso." - disse o procurador.

    A organização criminosa causou prejuízo financeiro a empresas como Americanas.com, Submarino, Magazine Luiza, Redecard, entre outras. Só a Magazine Luiza teria sido lesada em mais de R$ 300 mil em mercadorias.

    Assessoria de Comunicação Social

    Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro

    Tels.: (21) 3971-9488/9460

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